Em julho, alpinistas descobriram um lago a mais de 3 mil metros acima do nível do mar no Mont Blanc, nos Alpes Franceses. E isso é uma coisa bem ruim, na verdade, porque a suspeita sobre a formação vem da recente onda de calor que afetou a Europa neste ano, graças ao aquecimento global.
A temperatura recorde medida na região de Mont Blanc chegou a 9,3°C em 29/6, fazendo com o que o gelo derretesse e formasse o pequeno lago. O acontecimento é isolado, mas não inédito nesta. O fenômeno tem acontecido todos os anos desde 2015 e, apesar de lindo, não é um sinal nada bom para a humanidade, se tratando de um pedido de socorro do planeta.
Por que isso deveria ser, na verdade, assustador? Veja bem: o gelo está localizado em uma área de 3.400 a 3.500 metros de altitude, ou seja, por lá deveríamos encontrar gelo e neve e não água líquida. Na maioria das vezes, quando ficamos por ao menos um dia em uma altura como essa, até a água em garrafas começa a congelar.
Especialistas explicam que este tipo de lago mede, em média, 10 metros de largura e 30 metros de comprimento. Quanto gelo teve que derreter para gerar este amontoado de água no estado líquido, não? Este acontecimento comprova, na prática, o que muitos estudos vêm alertando: o derretimento das geleiras é real, urgente e cada dia mais acelerado.
De acordo com estudo realizado sobre o fato, grande parte da Groenlândia havia derretido. Em 2018, a Nasa enviou um satélite para acompanhar com precisão o derretimento do gelo e, desde então, a agência tem colecionado imagens que são de partir o coração. Para ler mais sobre esta missão, acesse:
https://icesat-2.gsfc.nasa.gov/science