CARNAVAL 2022: destinos para ficar perto da natureza

Você piscou e o Carnaval já chegou de novo. Considerando o cenário de pandemia que ainda vivemos, em 2022 ainda não teremos os clássicos blocos de rua. Para alguns, motivo de tristeza, para outros um grande tanto faz, já que este pode ser só mais um feriado para correr para longe da cidade.

De uma forma ou de outra, fugir de grandes aglomerações é essencial e a gente te ajuda nessa missão separando alguns destinos para você passar a data perto da natureza. De quebra, leve seu melhor tênis para caminhada, sua bike e alguma disposição extra para se jogar em rolês cheios de aventura!

1. Pirenópolis, Goiás

Pirenópolis é um município histórico que séculos atrás tinha grande importância comercial, já que a mineração do ouro, a agricultura e o comércio em geral eram muito expressivos na região. Por décadas ficou esquecida e nos anos 1970 foi redescoberta, sendo famosa até hoje por sua riqueza histórica, cultural e natural.

A cidade está circundada pelas montanhas da Serra de Pireneus e há inúmeras trilhas que levam aos atrativos mais belos como as diversas cachoeiras, mirantes e montanhas. Além disso, a região conta com uma riquíssima biodiversidade, com várias plantas endêmicas do cerrado.

Cachoeiras, centro histórico, ruas de pedra, restaurantes deliciosos e até certo agito é o que os visitantes podem esperar de Pirenópolis. Diríamos que é um destino que agrada a todos, né?

2. Serra da Bocaina, SP e RJ

A Serra da Bocaina é uma das únicas regiões do Brasil onde é possível encontrar, num mesmo ambiente, Mata Atlântica e floresta de araucárias – vegetações típicas do Sul do país e da Mantiqueira. Partindo do nível do mar e chegando a mais de 2.000 metros de altitude, a serra se localiza na divisa dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, abrangendo as cidades de Areias, Cunha, São José do barreiro, Ubatuba, Angra dos Reis e Paraty.

O local é perfeito para a combinação “sossego e imersão na natureza” – neste caso, dias inteiros de pedal em meio à floresta, campos de altitude, cachoeiras e nascentes de rios. Depois de apreciar o visual e tomar um bom café da manhã, a sugestão é ir de carro em direção ao Parque Nacional da Serra da Bocaina. A primeira cachoeira, batizada de Santo Izidro, fica a apenas 5 quilômetros de distância da portaria do parque. Na sequência, vêm as cachoeiras das Posses (13 quilômetros) e a do Inácio (16 quilômetros). Se quiser seguir pela estrada principal, a ideia não é ruim. Com trânsito de carro controlado, você terá a tranquilidade que procura em cima de sua magrela, mas precisará de pernas fortes no caminho de volta, onde encontrará mais subidas que na ida.

Uma boa opção é ir até a base do pico do Tira Chapéu – o ponto mais alto da Bocaina, com 2.088 metros, de onde é possível enxergar o parque todo, além da baía de Paraty e a serra da Mantiqueira. Você não vai conseguir chegar de bike até o topo. Encontre um canto para deixar as magrelas em segurança e encare a subida de cerca de 1h30 de caminhada, para ser recompensado com uma vista de 360 graus. Outra ótima alternativa fora do parque é visitar o que sobrou de uma luxuosa residência do século 19. A Casa de Pedra, uma estrutura em ruínas ainda com janelas e traços clássicos do uso da pedra em construções, é mais um indício de que a região tinha um importante papel durante o Império.

3. Jalapão, Tocantins

A exuberante região do Jalapão atrai visitantes que estão em busca de dias de descanso em meio a paisagens espetaculares. Na região não há grandes cidades, o sinal de celular é escasso e muitas pousadas e campings não oferecem televisão. É o lugar ideal para desconectar do lado urbano da vida e se ligar ao que há de mais espetacular na natureza. Os dias que os turistas passam no Jalapão são dedicados totalmente a sentir de perto cada um dos atrativos naturais do cerrado do Tocantins. Não faltará atividade para preencher os dias e à noite você ainda terá um céu incrivelmente estrelado para curtir.

A gente sugere fortemente que você pegue um pôr do sol nas Dunas do Jalapão. A cor dourada que emana do lugar faz do destino o mais popular de toda a região. A subida até o topo da duna principal é fácil e o roteiro faz parte de todas as agências que visitam o Jalapão. O ideal é chegar com tempo de sobra para curtir a mudança de cores da areia que acontece ao final da tarde e também para caminhar por várias dunas, não só pela duna principal.

Ao visitar o Jalapão, não deixe de experimentar a sensação de flutuar em um dos fervedouros da região. As nascentes em meio ao cerrado do Tocantins brotam de lençóis freáticos com tanta pressão que fazem com que as pessoas flutuem na água sem nenhum esforço. A areia em suspensão na água dá a falsa impressão de que há fundo na piscina dos fervedouros. Não se engane! Nos pontos onde brota a água das nascentes é impossível tocar o pé no chão. Estima-se que haja fervedouros com até trinta metros de profundidade.

Se você quer se exercitar, faça a trilha da Serra do Espírito Santo ao nascer do sol. Para chegar no topo, é preciso encarar uma subida daquelas. A trilha até o mirante principal leva, em média, cinquenta minutos. O mais recomendado é fazê-la ainda de madrugada, quando o calor é menos intenso. Ao final do percurso, o presente para os turistas é simplesmente espetacular.

4. Prudentópolis, Paraná

Imagine um local com cachoeiras gigantes e uma maciça presença de descendentes de ucranianos, a maioria vivendo na área rural da cidade e reproduzindo a cultura de seus antepassados, com muito plantio e criação de animais. Pedalando pelas estradas de terra, você certamente será surpreendido pelas abóbadas das igrejas em estilo bizantino (cada Linha, nome dado às comunidades, tem a sua) e ouvirá a língua nativa sendo falada pelas crianças, já que até hoje é ensinada nas escolas.

A pedida para a hospedagem é a Reserva Privada do Patrimônio Natural (RPPN). O local abriga diversas trilhas, oito quedas d’água e guarda espécies da flora e fauna em risco de extinção. Não perca por nada o pedal até o Salto São Francisco. Você vai percorrer 38 quilômetros de estrada de terra, sendo os últimos 8 quilômetros de pura subida. Em compensação verá uma maravilha da natureza despencando de um paredão de 196 metros de altura. Na mesma rota há duas outras cachoeiras conhecidas como gêmeas, a Barra Grande e Fazenda Velha, com 130 metros e 100 metros, respectivamente.

Mudando um pouco o foco para o lado cultural, aproveite para conhecer de perto uma igreja típica da região, a Linha Esperança (10 quilômetros), quase tão grande quanto a matriz no centro da cidade, mas com um colorido incrível. Para finalizar, se você ainda tiver pernas e fôlego, encare a subida da serra da Esperança, que te levará até a cidade vizinha de Gurapuava.

5. Itacaré, Bahia

Itacaré é um dos mais famosos destinos entre as praias da Bahia, mas não são apenas as faixas de areia à beira-mar que atraem visitantes durante todo o ano. Cercada por vegetação de Mata Atlântica e com terreno montanhoso, Itacaré também presenteia os viajantes com deliciosas cachoeiras e rios que permitem diversos passeios fora do mar.

O turismo que prevalece na região é totalmente voltado para a natureza, seja na prática de esportes (como o surfe), em passeios de arvorismo, na prática de rafting em corredeiras ou em lindas trilhas em meio à vegetação bem preservada.

Itacaré é um lugar repleto de lindas porções de areia, cada uma com características bem especiais. Sendo assim, visite todas elas! As praias são divididas entre urbanas e rurais. Tem praia de agito, praia deserta e praia de surfe. Tem praia que chega de carro, praia que chega de trilha e muita praia que dá vontade de chegar e nunca mais sair. Aproveite cada uma delas!

Como toda essa região do litoral baiano é espetacular, vale até fazer passeios para visitar os vizinhos, como as ilhas da Baía de Camamu e a Península de Maraú, onde estão as piscinas naturais de Taipu de Fora. Não faltará o que fazer em Itacaré nos dias da viagem.

6. Riacho Doce, Espírito Santo/ Bahia

A praia de Riacho Doce pertence ao distrito de Itaúnas – uma das “capitais” do forró, localizada no litoral norte do Espírito Santo, na divisa com a Bahia. Mas os 10 km que separam esta vila de Riacho Doce são suficientes para qualquer rastro de badalação desaparecer. Você vai encontrar uma imensa praia deserta de se perder de vista para os dois lados, cortada por um córrego de água escura que desemboca no mar e que dá nome a esse paraíso e divide o Espírito Santo da Bahia.

Sempre bem ranqueada na lista das “melhores praias desertas do Brasil”, Riacho Doce no verão é quente e ensolarada, mas ao mesmo tempo refrescante. O mar tem ondas fracas, e a temperatura da água costuma ser agradável.

O acesso a Riacho Doce se dá por estrada de terra batida, em meio a fragmentos florestais e muita plantação de eucalipto. Durante o percurso muitos são os entroncamentos na estrada, que se não fosse a disponibilidade do Celsão (dono de uma pousada e restaurante próximo a praia) faria muitos turistas se perder pelo caminho. As placas do Celsão merecem todo o destaque, devido a sua irreverência e amabilidade.

7. Serra da Canastra, Minas Gerais

A Serra da Canastra fica no sudoeste de Minas Gerais e possui algumas das paisagens mais deslumbrantes do Brasil. É lá que fica o berço de um dos mais famosos rios brasileiros, o São Francisco. A região é também habitat de espécies como tamanduá-bandeira, lobo-guará, veado-campeiro, ema, tucanuçu e pato-mergulhão.

O lugar é perfeito para trekking e mountain bike e tem bons trechos de corredeiras para rafting e canoagem. Porém esses esportes ainda são pouco explorados por lá. Para aproveitar o clima de verão, existem diversas cachoeiras, sendo um dos seus cartões-postais a da Casca D’Anta, maior queda do rio São Francisco, de quase 200 metros. Para um bom banho, a Cachoeira da Chinela, situada em uma propriedade particular próxima ao município de Vargem Bonita (entrada de R$ 10,00), é acessível por uma trilha e possui uma bela queda e um profundo poço.

Não deixe de experimentar e também levar para casa o produto típico mais importante da região: o queijo da Canastra, artesanal e feito de leite cru. Produzido há mais de 200 anos, é “primo” distante do queijo da Serra da Estrela, de Portugal, trazido pelos imigrantes da época do Ciclo do Ouro.

E aí, te convencemos a deixar a folia de lado e curtir a natureza na maior paz? Por aqui, meeeesmo se tivesse muito bloco rolando, ainda escolheríamos nos isolar por aí e viver dias imersos no meio do nada. Se tem coisa melhor, nem conta pra gente. #IntoTheOutdoors

Fonte: https://www.adventureclub.com.br

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