Reservar alguns meses da vida para ficar na Antártida pode trazer efeitos permanentes para o corpo humano, segundo pesquisa alemã. O estudo, que durou pouco mais de um ano, constatou, por meio de ressonância magnética, que o cérebro de nove pessoas havia diminuído após uma expedição no país gelado.
Os exames pós-viagem revelaram que os cérebros de todos os turistas perdeu uma quantia significativa de volume no giro dentado, a parte do hipocampo associada ao pensamento e à memórias espaciais. O estudo também identificou menos volume de substância cinzenta no córtex pré-frontal, região do cérebro ligada a personalidade, tomada de decisões e comportamento social.
As habilidades cognitivas dos viajantes também parecem ter sido afetadas. Testes indicaram que os nove participantes do estudo tiveram memória espacial reduzida e atenção seletiva, ou seja, a capacidade de ignorar informações irrelevantes ao se concentrar em uma só tarefa.
Por que isso acontece? Bom, basicamente, porque viver no Polo Sul não deve ser fácil. Por lá, é possível que você fique por mais de 24 horas na escuridão, e o cenário de neve não muda absolutamente nunca. Além disso, você ainda pode experimentar temperaturas baixas como -50°C, que podem provocar uma sensação de febre crônica.
Condições extremas como essas, combinadas ao isolamento prolongado e à monotonia ambiental, formam a combinação que os cientistas acreditam ser o motivo de alterar o comportamento e estrutura do cérebro humano. Apesar dos resultados preliminares, os pesquisadores envolvidos no estudo alertam que devemos encará-los com cautela devido ao pequeno número de participantes analisados.
Bom, para nós já bastou para riscar Antártida da lista de lugares para passar mais de 5 dias. E aí, você encararia um período prolongado por lá, ou, assim como nós, daria uma olhadinha e iria embora?
Fonte: https://gooutside.com.br