Atletas de alto rendimento e saúde mental: precisamos falar sobre isso

O anúncio de Gabriel Medina de que não participará das duas primeiras etapas do Circuito Mundial de Surfe chamou a atenção do mundo do esporte. O surfista desistiu de competir na tradicional etapa de Pipeline e depois na de Sunset Beach para cuidar de sua saúde mental. Se a pauta já estava em alta desde as Olimpíadas, agora esfrega na nossa cara a urgência de ser debatida, né? Esporte é vida e faz muito bem, sim, mas um atleta de alto rendimento é também um ser humano, e é bom lembrar que todos estamos sujeitos a situações em que devemos dar dois passos para trás e cuidar da base que sustenta tudo: a cabeça.

Com a decisão do surfista, a WSL manifestou apoio ao tricampeão mundial por meio de uma nota:
“Para muitos esportistas campeões mundiais, as pressões de vencer no mais alto nível são grandes e as Olimpíadas e o WSL Championship Tour são difíceis para prosperar. Vimos os altos e baixos com muitos dos nossos melhores surfistas campeões mundiais e apoiamos o Gabriel 100% em seu plano para se recuperar completamente e estar pronto para lutar mais tarde na temporada da WSL”.

A verdade é que de poucos anos para cá, há uma lista de atletas de alto rendimento do mundo todo que optaram por tornar públicos problemas psicológicos, que podem ter relação com a rotina de treinos e a pressão das competições, ou não. Afinal, lembrando: eles são apenas seres humanos.

Estrelas do esporte, como Simone Biles, da ginástica artística, e Naomi Osaka, do tênis, manifestaram dificuldades em lidar com ansiedade e depressão. Outras, como Sha’Carri Richardson, do atletismo, e Liz Cambage, do basquete, admitiram fazer uso de remédios e outras substâncias para enfrentar as pressões do esporte.

No Brasil, Drussyla e Gabi Cândido, do vôlei, são exemplos de profissionais que também levaram o tema ao debate público nos últimos anos. Todos precisaram se afastar de competições importantes para cuidar da saúde mental. Não é falta de Deus, não é falta de dinheiro, não é frescura. O corpo pede e qualquer pessoa tem que obedecer. Certíssimas, né?

Os psicólogos esportivos são profissionais que dão suporte cotidiano diário e hoje já são vistos como essenciais para atletas de alto rendimento, uma vez que podem trabalhar aspectos emocionais como melhora de foco e atenção, velocidade de reação, treinamento mental, aumento de motivação, dentre outros. O Comitê Olímpico Brasileiro desenvolve um trabalho de longo prazo com os esportistas do Time Brasil e conta com uma equipe de profissionais de saúde mental formada por dez psicólogos, além de um psiquiatra e um coach.

Receber apoio de pessoas próximas para tratar da saúde mental é ponto chave para começar a mudança do quadro clínico. Portanto, se você tem alguém aí do seu lado enfrentando algum problema no âmbito psicológico, não julgue, não conteste, não duvide, não questione. Apenas ofereça o melhor de si e todo apoio que puder dar. A saúde mental é importante, sim, e deve ser priorizada para se levar uma vida mais feliz e equilibrada.

Nós, da Project, estamos sempre a postos para oferecer apoio a qualquer membro da Project Crew, amigos ou clientes que precisarem de um conforto. Estamos e sempre estaremos juntos nessa. #IntoTheOutdoors

Fonte: www.globo.com.br

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