Ah, a liberdade de viajar novamente! Entre taaantos destinos que já podemos colocar na listinha de curto e longo prazo, você já considerou um lugar que tá aqui pertinho da gente: a Patagônia Argentina? Dizem as boas línguas que este é um dos picos mais bonitos do planeta. Talvez seja porque as montanhas, às vezes congeladas e às vezes coloridas, sejam um daqueles cenários que a gente só imagina ver em filme. Mas, a boa notícia é que não é coisa de filme, e você pode ir lá ver de pertinho.
Inspirados pela trip irada que o nosso parceiro João Ricardo Januzzi está fazendo por lá, separamos 7 dicas para você planejar a sua viagem:
1. O que esperar de uma viagem pela Patagônia Argentina
Paisagens de tirar o fôlego PRECISAM estar no topo da lista de expectativas, já que as atividades e passeios serão, em sua grande maioria, ao ar livre. Os apaixonados por trilha dificilmente vão se decepcionar com um mochilão por essa área.
Porém, vale ter em mente que esse é um dos destinos mais caros da América do Sul. É claro que, como em qualquer viagem, é possível encontrar maneiras para economizar, mas a média de preços de hospedagem e alimentação não variam muito e podem assustar os viajantes mais econômicos.
Além disso, outro item que pesa no orçamento são os passeios. Mas é que realmente não tem como ir para lá e deixar de conhecer alguns dos lugares mais lindos do nosso continente e do mundo, sabe? Então talvez valha a pena fazer um bom planejamento e separar uma graninha extra para este destino.
Esteja preparado também para longas horas de estrada. Principalmente se sua ideia é viajar apenas por terra. Dependendo do seu roteiro, alguns deslocamentos podem levar mais de 15 horas dentro de um ônibus. Pelo menos as paisagens do lado de fora vão compensar cada minuto do deslocamento, tá?
2. Qual a melhor época para ir?
A alta temporada na Patagônia vai de novembro até a primeira quinzena de março, sendo janeiro e fevereiro os meses mais concorridos. Neste período o número de turistas aumenta, os preços sobem, os dias ficam mais longos e a temperatura menos congelante.
Já durante o inverno o cenário se inverte, inclusive, as paisagens mudam de roupa. A neve começa a encobrir as montanhas, o que as deixa ainda mais deslumbrantes e geladas.
No final de abril, maio, junho e julho parte dos passeios podem ser comprometidos pelo mau tempo. Para quem faz questão de percorrer as famosas trilhas de El Chaltén, é recomendado que vá durante o verão.
O tempo frio continua em agosto e imprevistos podem acontecer, mas a viagem já começa a ser mais viável. Com a chegada da primavera, em setembro e outubro as nevascas começam a dar uma trégua e aos poucos a temperatura volta a ficar mais agradável. A segunda quinzena de outubro pode ser uma época atraente para quem quer fugir das multidões, dos preços altos, e, ainda assim, correr menos risco com o tempo ruim.
3. Principais cidades para visitar
Embora não estejam localizados no extremo sul, Puerto Madryn, Península Valdés e Trelew são considerados destinos que fazem parte da Patagônia Atlântica – uma região bastante diferente das cidades que estão mais ao sul. Essa é uma zona muito interessante para quem gosta de observar animais marinhos no seu habitat natural.
No entanto, para incluir estes lugares da Patagônia argentina em um mesmo roteiro com destinos mais procurados – como Ushuaia, El Calafate e El Chaltén – é necessário pensar com bastante atenção na logística, além de ter mais tempo livre.
Rumo à região mais austral do nosso continente, você encontrará alguns dos destinos clássicos da Patagônia Argentina: Ushuaia, El Calafate e El Chaltén.
A primeira é conhecida por muitos como a “La Ciudad del fin del Mundo”, a segunda é a porta de entrada para conhecer o Glaciar Perito Moreno, e a última é a queridinha dos trilheiros de plantão.
Lembrando ainda que não muito longe de El Calafate está o Parque Nacional Torres del Paine, uma das maravilhas do território chileno.
4. Como se locomover
Há várias maneiras de se locomover por lá, seguindo o roteiro sugerido. Tudo depende do seu orçamento, ou se você está disposto e tem tempo de passar boas horas dentro do ônibus.
– Opção 1: Avião
Uma boa alternativa de fazer essa viagem pela Patagônia argentina é comprando uma passagem aérea múltiplos destinos. Um bilhete que inclua os trechos São Paulo – Ushuaia, Ushuaia – El Calafate, e El Calafate – São Paulo, deve custar entre R$ 1.900,00 e R$ 2.400,00, por exemplo.
Neste caso, apenas atente-se de que precisará fazer o deslocamento El Calafate – Torres del Paine por sua conta. Há agências em El Calafate que fazem o tour de um dia até Torres. É cansativo e você passará a maior parte do dia em uma van, mas não deixa de ser uma opção prática.
Se não quiser fazer o bate-volta, a alternativa é ir de ônibus por conta própria até Puerto Natales, no dia seguinte conhecer Torres del Paine com alguma agência da cidade chilena, e no outro dia voltar de ônibus para El Calafate, de onde sai o seu voo de volta para casa. Neste caso, além das passagens de ida e volta (de ônibus) você também terá o custo de duas diárias para a hospedagem em Puerto Natales.
A empresa de ônibus Cootra faz o deslocamento El Calafate – Puerto Natales, a viagem leva cerca de seis horas e custa aproximadamente R$ 130,00 (cada trecho).
– Opção 2: Avião + ônibus
Outra possibilidade é comprar a passagem aérea com ida para Ushuaia e volta por El Calafate. Saindo e voltando por São Paulo, a brincadeira custará cerca de R$ 1.700,00. Todos os outros deslocamentos serão de ônibus.
De Ushuaia você precisará passar em Punta Arenas antes de ir finalmente para Puerto Natales. A Buses Barria e Tecni Austral são algumas empresas que fazem esta rota. A viagem leva cerca de catorze horas e custa R$ 160,00.
De Punta Arenas a Puerto Natales são mais três horas e meia na estrada e a passagem custa R$ 40,00. De Puerto Natales para El Calafate a empresa Cootra é quem leva a maioria dos passageiros. A viagem leva cerca de seis horas e custa R$ 115,00.
Para ir de El Calafate a El Chaltén espere passar três horas e meia na estrada, e gastar cerca de R$ 120,00 pela passagem. As empresas Taqsa, Chaltén Travel, CalTur operam essa linha.
– Opção 3: Avião (ida e volta pelo mesmo destino) + ônibus
Supondo que você precise começar e terminar sua viagem em Ushuaia já que comprou uma passagem aérea promocional com ida e volta pelo mesmo destino, você poderá fazer todos os deslocamentos de ônibus indicados na opção 2, e acrescentar mais um trecho. No caso, de El Calafate para Ushuaia.
A primeira etapa é ir de El Calafate a Rio Gallegos: cerca de quatro horas e R$ 120,00. Já de Rio Gallegos para Ushuaia são mais doze horas e R$ 200,00. A empresa Taqsa/Marga opera os dois trechos. Já a Tolkar Turismo pode ser útil entre Rio Gallegos e Ushuaia.
5. Câmbio
Antes de chegar a Patagônia argentina você certamente fará uma conexão em Buenos Aires. Aproveite esse tempo para trocar seu dinheiro (dólares ou reais) para pesos argentinos, mesmo que seja no Banco de la Nación dos aeroportos.
Não leve reais para a Patagônia, porque a cotação não é muito boa. Caso sua conexão seja curta e você não tenha tempo de trocar dinheiro, leve dólares para a Patagônia.
Depender 100% de um cartão de crédito não é muito recomendado, já que esta forma de pagamento não é tão comum por lá quanto no Brasil. Leve como garantia, mas antes de consumir algo procure saber se o estabelecimento realmente aceita.
6. Principais gastos
Além dos preços com deslocamentos que já foram mencionados, é importante ter uma noção de quanto você gastará com hospedagem, alimentação e passeios. É claro que estes três itens são muito pessoais e a variação de viajante para viajante pode ser enorme. No entanto, ainda assim, deixarei algumas orientações para que você possa ao menos ter uma referência.
– Acomodação
Quem fica em albergue consegue encontrar bons dormitórios compartilhados por R$ 75,00 a diária, já com café da manhã. Deixando a primeira refeição do dia de fora da diária, dá para encontrar camas que custam em torno de R$ 50,00.
Por outro lado, os viajantes que preferem se hospedar em um hotel ou pousada, ainda que econômico, devem gastar cerca de R$ 270,00 a R$ 350,00 pela diária em uma suíte para duas pessoas. A partir de R$ 360,00 é possível encontrar diárias em hotéis bastante confortáveis e bem cotados.
– Alimentação
Almoçar e jantar fora custa caro na Patagônia argentina. Uma solução adotada por quem quer economizar é comprar alimentos no mercado para fazer a própria comida, ou apelar para as empanadas e pizzas.
Um café da manhã com algumas media lunas e um cappuccino deve te custar entre R$ 15,00 e R$ 20,00. Já um almoço ou jantar dificilmente custará menos de R$ 40,00 ou R$ 50,00.
– Passeios
Há uma infinidade de passeios para fazer na Patagônia Argentina. Para ter uma ideia de valores, que variam bastante, a gente recomenda dar uma espiadinha em um site de turismo.
A boa notícia é que Em El Chaltén você não precisa gastar para fazer as trilhas do pequeno vilarejo. Você pode ir por conta própria, sem a necessidade de guias ou agências. Certifique-se apenas de levar um mapa da região e fique atento à sinalização das trilhas. E claro, água, protetor solar e lanchinhos não fazem mal a ninguém.
E aí, se você nunca tinha considerado ir para lá, agora já começou a pensar? Antes de responder, cola Instagram do @joaoricardojanuzzi e dá uma olhada no conteúdo irado que ele tá criando por lá. Depois, você responde a você mesmo. Pode agradecer depois, tá? Por aqui, a mochila só não tá nas costas para ir porque… por que mesmo? Partiu!!!
#IntoTheOutdoors
Fonte: https://www.voltologo.net/patagonia-argentina-viagem-dicas/